quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Multiplicidade com Peter Greenway


Ontem eu fui assistir uma apresentação do cineastra Peter Greenway no evento Multiplicidade, no teatro Oi Casa Grande. Quando o Multiplicidade surgiu, em 2005, eu batia ponto de 15 em 15 dias, assistindo a todas as apresentações por dois anos. Era uma época em que eu podia chegar antes, comprar ingresso, ver com calma... Hoje em dia não vou mais porque não chego a tempo. Aproveitei que dessa vez o evento era do lado do meu trabalho e fui. Encontrei muita gente da faculdade, ex-professores, donos de escritórios, amigos, muitos amigos queridos. Nisso eu amei demais ter ido ao evento.

Sobre a apresentação, é realmente um capítulo à parte. Peter tem um discurso polêmico, dizendo que o cinema morreu, que só a pintura diz alguma coisa hoje em dia, e que devemos esperar um novo cinema daqui a uns anos. Acho que se o cinema virar o que ele apresentou vou ficar mais em casa... Sua apresentação não foi muito diferente das que eu presenciei anos atrás com outros artistas em outros multiplicidades, mas com as possibilidades tecnológicas montadas no teatro acabou por virar uma coisa muito louca, digamos assim. Um frenesi de sensações, uma confusão de informações, som muito alto, tremor nas pernas, um sofrimento físico. Em alguns momentos eu dava tudo pra estar na minha caminha dormindo bem quentinha. saí com dor de cabeça. Não desmereço a experiência, e consigo entender alguns pontos de sua proposta, mas discordo muito de muita coisa e confesso não poder me alongar no debate agora, mas se algum leitor quiser falar mais sobre isso dou continuidade depois. 

Você foi lá ontem? Você vai no próximo? Eu vou, mas espero sofrer menos =)

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