quinta-feira, 29 de maio de 2008

Herbie Hancock


Terça feira fui ao show do Herbie Hancock no Vivo Rio. Ganhei o convite inesperado e fui totalmente de surpresa, sentadinha lá na frente com meus amigos. Não sei o que me chocou mais: o convite surpresa em cima da hora ou o show, que foi absolutamente incrível. Uma música difícil de compreender, mas que com atenção e paciência você consegue perceber nuances e detalhes extraordinários. O que me deixou mais encantada foi a jovialidade de Herbie, que com quase 70 anos continua criando, inovando e arriscando, o que muita gente deixa de fazer desde os 30... 

Herbie Hancock Quartet faz apresentação exclusiva no Rio e São PauloPianista vencedor do Grammy de Melhor Álbum do Ano fará shows no Rio de Janeiro, na terça-feira, dia 27 de maio, no Vivo Rio, e em São Paulo, na quarta-feira, dia 28, no HSBC Brasil

Um dos mais multifacetados e aclamados artistas de jazz de todos os tempos vem ao Brasil para duas apresentações exclusivas. Herbie Hancock, acompanhado de seu quarteto, se apresentará no Rio de Janeiro na terça-feira, dia 27 de maio, no Vivo Rio, e em São Paulo na quarta-feira, dia 28 de maio, no HSBC Brasil.

Herbie Hancock tocou no início da carreira ao lado do mestre do jazz Miles Davis e gravou ao lado de Tom Jobim e Gal Costa no álbum Antonio Carlos Jobim and Friends, que está sendo relançado este mês pela Universal Music. Hancock foi vencedor do Oscar® de melhor Trilha Sonora pelo filme Por Volta da Meia Noite, que, com seu trabalho 100% jazz, bateu nomes como Ennio Morricone, James Horner e Jerry Goldsmith. Também é do pianista a trilha sonora do filme Blow Up – Depois Daquele Beijo, de Michelangelo Antonioni. É a segunda vez que o jazzista se apresenta no país.

Hancock venceu a categoria Melhor Disco no último prêmio Grammy pelo álbum “River: The Joni Letters”, com canções da compositora Joni Mitchell. Além de músico, Herbie Hancock é compositor e tem seu lugar assegurado na galeria dos mestres do jazz.

A apresentação de Herbie Hancock no Brasil é uma realização da Dançar Marketing & Comunicações com patrocínio do HSBC.


Herbie Hancock

Herbert Jeffrey Hancock nasceu em 12 de abril de 1940 e começou a tocar piano com sete anos. Depois de estudar música na Faculdade de Grinnell, Hancock foi convidado por Donald Byrd em 1961 para integrar o seu grupo em New York. Logo em seguida, a gravadora Blue Note lhe ofereceu um contrato para gravar o seu primeiro álbum Takin Off.

Em maio de 1963, Miles Davis o convidou para participar de seu quinteto e por lá ficou durante cinco anos, tempo em que absorveu as influências do mestre, deixando o piano acústico e aderindo ao piano elétrico. Enquanto mantinha sua carreira solo, também gravou em muitas sessões produzidas por Creed Taylor e elaborou sua primeira trilha sonora para o filme Blow Up – Depois Daquele Beijo de Michelangelo Antonioni.

Tendo deixado a banda de Davis em 1968, Hancock gravou o álbum funk Fat Albert Rotunda e em 1969 formou o sexteto Headhanters, grupo de jazz-rock que utilizava de sintetizadores a piano elétrico. No grupo, todos os nomes dos músicos foram vertidos do inglês para o africano e Herbie ganhou a alcunha de Mwandishi. Em 1973, Hancock se separou da banda e passou a estudar budismo, tendo como meta final tornar as platéias mais felizes.

Em 1976, os ex-integrantes do Miles Davis Quintet se juntaram novamente para uma apresentação no Newport Jazz Festival de New York. No ano seguinte, eles excursionaram com o nome de V.S.O.P. Hancock continuou seu estilo camaleônico nos anos oitenta, quando lançou na MTV em 1983 um single "Rockit", trazendo aqueles que seriam os primórdios do hip-hop. Montou diversas trilhas sonoras, entre elas a de Round Midnight com a qual ganhou o Oscar. Depois do álbum tecno-pop de 1988, Perfect Machine, Hancock deixou a Columbia e assinou um contrato com a Qwest onde fez somente A Tribute to Miles em 1992. E finalmente, assinou com a PolyGram em 1994 para gravar jazz pela Verve e álbuns pop pela Mercury. A curiosidade, versatilidade, e capacidade de Hancock continua crescente, sem nenhum sinal de fraqueza, como atesta o Grammy conquistado em 1998. Seu último álbum, River, de 2007 traz uma coleção de canções, vocal e instrumental, compostas ou influenciadas por Joni Mitchell.

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