terça-feira, 16 de setembro de 2008

Sobre o tempo


Ando passando por um período difícil. Um dos mais difíceis pelo qual já passei. Mas estou indo muito, muito bem. Tenho tido orgulho de mim, realmente estou conseguindo lidar com meus problemas de uma forma muito honesta comigo mesma. Por que? Eu acho que o que tenho feito de melhor pra mim mesma é tido consciência do tempo que preciso. Estou, literalmente, pouco me lixando pra quase tudo nesse momento. Estou vivendo o meu tempo. Não estou buscando além do que posso, não estou fazendo o que não consigo, mas estou pelo menos me esforçando para trabalhar e manter a integridade da minha casa e do que eu como (ou seja, mantendo minha saúde). Hoje voltei para a análise, depois de meses de alta. Considero que ainda estou de alta, pois estou indo por motivos bem específicos. Minha querida terapeuta me recomedou ouvir um áudio de uma palestra, no site do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, da Maria Rita Kehl, sobre o valor da tristeza. Apesar dela falar muito sobre crises na adolescência, a questão do tempo é bem presente em seu discurso. Tempo não é dinheiro, tempo é o tecido da nossa vida. Sou uma menina esforçada, produtiva, responsável e interessada no que faz. Gosto da minha profissão, e gosto de poder ter conforto, claro. Mas tenho pensado muito sobre dinheiro, obrigações, expectativas (principalmente as dos outros em cima de você), e tenho refeito meus objetivos. Tenho ficado cada vez mais calma em relação a isso. Sobre as atrocidades humanas, talvez isso ainda me angustie mais. Mas estou fazendo minha parte. E sobre relacionamentos, só posso dizer que aprendi muito. Sobre mim, mais ainda.

Sei que não costumo falar assim de mim nesse blog. Talvez eu delete esse post um dia, ou não. Tive vontade de divulgar a palestra que ouvi, dura 40 min. e pode ser que você goste. Não sou mais adolescente mas gostei de ouvir certas coisas.

Calma, ética, presença e honestidade. Não vivo sem.

Um comentário:

Anônimo disse...

oi diana, só agora li seu comentário lá no meu blog... e agora fui ler esse post aqui. 4 anos é muita coisa! e a tristeza mais que natural nesse momento.

mta força nessa hora! e que a tristeza traga também mto crescimento.

beijinhos.